COPENHAGUE É AQUI: NO PARQUE DO FLAMENGO!

É domingo, quente, ensolarado – 29 de novembro. Os cariocas, vindos de toda parte da Cidade, e talvez do Estado do Rio, usam as pistas internas do PARQUE DO FLAMENGO, para disputarem mais uma corrida. Durante a semana, estas pistas – chamadas, ainda, insistentemente de ATERRO pela imprensa – são do domínio dos carros, mas, nos finais de semana, o lazer toma conta, e o desfrute é de todos os pedestres, ciclistas, e famílias, que simplesmente passeiam. Sempre, nos domingos e feriados, o PARQUE está cheio de gente. Quem o frequenta, vê o quanto ele é aproveitado por todos.

O PARQUE, no entanto, luta para sobreviver. Ele, embora tombado, e uma unidade de conservação ambiental, decretada pelo Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro, não é tratado como tal: não tem uma administração própria, não tem cuidados botânicos, não tem regulamento de uso, não tem jardineiros que cuidem das suas árvores, sua manutenção não tem responsável, ou, pelo menos ninguém sabe aonde “ele” está (no PARQUE, certamente não!)…

Muitas de suas árvores deslumbram os transeuntes, mas logo vão morrer… Quem é a autoridade responsável, afinal, pela conservação do PARQUE, e pela garantia de que ele não morra?

Sob o aspecto legal o PARQUE tem inúmeras leis e normas que o protegem. Contudo, o difícil é conseguir que as autoridades cumpram as regras postas; e se apresentem como responsáveis, dizendo o que vão fazer, e como, e quando, para manter, conservar, e até melhorar o nosso outro PARQUE botânico (o primeiro é o Jardim Botânico, criado pelo Imperador).

Na próxima semana se inicia, em Copenhague uma nova rodada internacional de reuniões sobre o clima. Mil compromissos, se espera dos que lá vão. Palavras, palavras, palavras… Tudo muito grande, famoso! Mas, tudo muito distante…

Para mim, Copenhague é aqui. Começa no Parque do Flamengo.

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