Cegueira ou irresponsabilidade administrativa no Rio? Desabamentos e a Floresta de Camboatá
As fotos abaixo mostram o desabamento urbano da Cidade do Rio. Se a cidade, os seus habitantes e os políticos por eles eleitos não são os únicos responsáveis pela mudança climática, sem dúvida somos os únicos responsáveis pelo o caos urbano que as chuvas causam na cidade. Falta planejamento para prover uma cidade mais resiliente.
No mesmo momento em que se vê o caos urbano causado pelas chuvas que não são absorvidas por uma cidade cada vez mais impermeável, o governo municipal dá prosseguimento, impávido, ao projeto de destruição da Floresta de Camboatá, sob o pretexto fake de que na área da floresta se construirá um Autódromo, dando ao dono do negócio (RioMotor) 40% da área pública para que este faça o seu empreendimento imobiliário.
São os negócios privados e não o interesse público que importam ao governo municipal que toca o projeto, ao governo estadual que através do INEA (Instituto Estadual do Ambiente) lhe dá prosseguimento de forma inconsistente, e ao Governo Federal que quer dar área pública federal para ser esquartejada.
A irresponsabilidade das autoridades políticas e administravas – daremos os nomes daqueles que participaram deste esquartejamento urbano-ambiental desta parte da cidade – ou é fruto de ignorância ou de má-fé, já que parecem não querer juntar lé com tré; o desabamento da cidade causado pela uso e ocupação espoliativa do solo urbano e esses mega projetos de negócios urbanos, a exemplo dos foram os realizados para os equipamentos para a Copa e da Olimpíada.
O negócio do hipotético Autódromo e seu negócio imobiliário iniciou-se com outro negócio imobiliário: o da demolição do então Autódromo de Jacarepaguá, no atual terreno do Parque Olímpico, cuja área pública passou – 75% dela – aos proprietários privados do Consórcio Rio Mais – leia-se Carvalho Hosken, Odebrecht, e Andrade Gutierrez – igualmente para seus negócios imobiliários, que ainda não foram realizados, pois os terrenos, agora privados, estão em fase de engorda especulativa.
Tudo coordenado e ligado, esperando o tempo certo para abocanhar os imensos nacos de terras públicas, com os mesmos discursos sem qualquer vergonha de expô-los, ou repeti-los.
O processo em Deodoro avança agora com a marcação de uma Audiência Pública para o próximo dia 18 de março, uma quarta-feira à noite, em um endereço da Avenida Brasil!
Divulgaram, na convocação da audiência pública, informações sobre o EIA-Rima ou do local aonde podemos encontrá-las? Não
Divulgaram, na convocação da audiência pública o procedimento de como se dará a audiência, os espaços de exposição e participação de cada interessado? Não
Divulgaram, na convocação da audiência pública informações sobre os pareceres dos Conselheiros do Conselho do Meio Ambiente, e os pareceres dos técnicos, ou do local aonde encontrá-los? Não
Deram prazo suficiente entre a necessária divulgação das informações necessárias à participação pública em audiências, e a realização da mesma? Não
Vergonhoso para estas autoridades, vergonha para a Cidade. Só resta a Justiça para nos socorrer, ou a vergonha de uma divulgação internacional deste escandaloso negócio de espoliação urbano-ambiental da Cidade do Rio de Janeiro.
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Horror! Está tudo dominado, o sistema politico e as “instituições democráticas” estão podres, colapsaram. Tirania do Capital, dinheiro substituindo o voto. Não há saída no sistema, temos que envidar esforços para uma Revolução Brasileira.
Este projeto é de assustar. Socorro!!!!! Tudo armado pelas quadrilhas de empresários e políticos larápios das terras públicas. Tem mesmo que denunciar, não podem ficar impunes.
Sim, estamos divulgando para todos saberem de tudo. Obrigada, Maria Lúcia