Carta da vereadora Sonia Rabello para UNESCO

A vereadora Sonia Rabello enviou carta para a Unesco, pleiteando a participação da Comissão Especial de Patrimônio Cultural da Câmara Municipal do Rio de Janeiro nas discussões sobre a candidatura da cidade a Patrimônio Cultural da Humanidade.

Na carta, a vereadora enfatizou a importância da contribuição da CEPC/CMRJ no que diz respeito às informações sobre alguns bens paisagísticos relevantes da cidade, “e que se encontram gravemente ameaçados por intervenções urbanísticas, que podem configurar a descaracterização de sua paisagem cultural”.

Mencionou os aspectos que envolvem a preservação do Parque do Flamengo, dentre elas a solicitação da CRPC/CMRJ de realizar uma Audiência Pública sobre a proposta de ocupação da Marina da Glória por particulares.

Relatou a ausência de resposta a essa solicitação bem como a ausência de qualquer informação sobre o que se pretende fazer no local, acrescentando que, embora essas informações e a participação na apreciação do assunto tenham sido negadas à Câmara dos Vereadores, “soubemos que ali se pretende fazer uma mega-construção para eventos, ampliando enormemente a área de estacionamento de veículos, por exemplo, descaracterizando assim, pela primeira vez, o projeto tombado do Parque do Flamengo”.

A falta de clareza da postura do IPHAN em relação ao assunto foi, consequentemente, enfatizada na carta: “Desde a inauguração do Parque, em 1965, até a presente data, o IPHAN vinha defendendo tecnicamente que o Parque do Flamengo seria um bem não edificável, salvo em relação ao que havia sido previsto em seu projeto original tombado (…). Contudo, recentemente, o IPHAN parece ter mudado de postura, informação que, no entanto, não podemos confirmar, já que nada se sabe, até o momento, sobre nenhum documento oficial expedido acerca dessa anunciada aprovação, e nem mesmo se tem notícia acerca da ata de seu Conselho Consultivo onde a referida aprovação deveria estar registrada”.

Para a vereadora a CRPC/CMRJ poderia prestar muitas outras informações sobre o Parque do Flamengo bem como sobre outras importantes áreas da paisagem cultural do Rio, “no intuito de poder participar não só do processo de legítima conferência do título de Patrimônio Cultural da Humanidade à Cidade, como também colaborar para que ele corresponda à real e efetiva preservação da magnífica paisagem cultural da Cidade do Rio de Janeiro”.

 

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