Eleições de 2018 ? A Síria ensina: nada de radicalismo

Por mais desesperados que estejamos com a miséria, com a violência que domina as áreas urbanas e rurais no Brasil, e com o desemprego, a pior resposta é o ódio, o radicalismo, e a resposta da violência contra a violência. É o ensinamento do excelente documentário que vi, recentemente, na National Geographic: “Entre a Síria e o Estado Islâmico”.

O documentário nos mostra que Bashar al-Assad quis obstaculizar a entrada da chamada primavera árabe na Síria com toda a violência possível, acreditando que isto iria lhe garantir a estabilidade e a paz. Ledo engano. A violência foi respondida com mais violência, e criou as condições sociais e políticas para a entrada do ISIS (Estado Islâmico) em áreas no norte da Síria. 

 

Criou-se a ruptura do país e uma guerra civil incontrolável que já dura mais de uma década.

Veja as palavras iniciais do documentário:

Quando uma sociedade entra em colapso, anarquia e violência, os civis inevitavelmente se resolvem com as próprias mãos; criam milícias armadas, postos de controle, bloqueios.  Eles se matam ou expulsam qualquer um na área, que possa ameaçar o poder deles.  Nesse tipo de ambiente é quase certo que as ideologias radicais dominem. O radicalismo depende do desespero, depende de desacordos, e então ele fornece suas próprias respostas duras para a corrupção e a violência que aflige grande parte da população do mundo. As pessoas sempre recorrem ao radicalismo depois que esgotam todas as outras opções. Elas precisam. Sua própria sobrevivência está em jogo”

Será que já esgotamos todas as nossas outras opções, afora o radicalismo? 

(Trecho do filme “Entre a Síria e o Estado Islâmico“)

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