Ilha do Governador – Vila Olímpica ameaça Área de Proteção Ambiental

Após a longa luta contra a instalação de um terminal pesqueiro na Ilha do Governador, e a vitória alcançada neste mês com a aprovação do projeto de lei da Câmara Municipal, que vetou a referida construção na região; agora os moradores insulanos se deparam com a possibilidade de construção de uma vila olímpica em um terreno da Marinha.

Bom? Até seria, caso o local, precisamente na Estrada do Rio Jequiá, entre os bairros do Zumbi e da Cacuia, não fosse uma Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU), segundo denúncia feita por moradores.

De acordo com o Decreto Municipal nº 12.250, a área passou a ser de proteção ambiental em agosto de 1993.

Registros mostram que parte da vegetação do entorno do Rio Jequiá já começou a ser devastada.

Localização da manguezal do Jequiá:

Edital de licitação

A ideia surgiu no governo Conde, na década de 90, quando o secretário municipal de Esportes, José de Moraes Corrêa Neto, que é da Ilha, propôs a construção da vila olímpica. O plano não foi adiante e volta agora no governo de Eduardo Paes.

Em dezembro de 2010, a Rio-Urbe (Empresa Municipal de Urbanização) abriu uma licitação, pelo critério de menor preço, para a implantação da Vila Olímpica da Ilha do Governador. A Prefeitura investirá R$ 19,1 milhões nas obras que devem durar um ano e seis meses, a contar do início dos serviços.

A Vila Olímpica da Estrada do Rio Jequiá será implantada num terreno de 26.817 metros quadrados, sendo 17.547 metros quadrados de área construída destinados apenas à Vila.

Resta saber se a devastação dessa área protegida será realmente concretizada e o Decreto Municipal será respeitado. Estamos apurando todos os fatos junto aos órgãos competentes para saber a exata localização da Vila Olímpica e os motivos deste início de degradação ambiental.

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