Marina Silva desfilia-se, mas não deixa os Verdes

A desfiliação de Marina Silva do PV será uma perda partidária, mas não de liderança no Partido. Muitos parlamentares que têm mandato na legenda devem prosseguir dentro da legenda, seguindo sua liderança de propósito e de linha de ação.

Nada os impede disto. Ao contrário, a pluralidade de pensamento, base da democracia, os impele a continuar essa luta dentro da legenda.

Marina Silva deixa formalmente o partido e inicia uma trajetória independente, liderando um movimento social para desenvolver e agregar mais pessoas a esse processo em que a nova cidadania está, inexoravelmente, vinculada à sustentabilidade e à solidariedade no espaço social e na convivência, no território rural e urbano.

Para isto, contará com muitos de seus correligionários do PV, a eles reunindo os cidadãos que seguem sua liderança também fora da legenda. O movimento social crescerá mais e agregará força à sua base política.

A saída de Marina Silva esteve relacionada à falta de espaço reivindicado, que lhe foi recusado pelas hostes burocráticas do Partido. Contrariamente ao que dispõe o estatuto partidário, não se cumpriu o estabelecido para as convocações democráticas de praxe de convenções, tanto em nível nacional como nos estados e municípios. A consequência foi lamentável para a legenda.

 
Porém, ao dessentir da atual direção partidária, não há negação nem dos seus liderados, muito menos dos princípios substantivos do Partido. Por isso, as portas estarão sempre abertas, já que o compromisso básico da solidariedade sustentável permanece íntegro por aqueles que, dentro ou fora do PV, comungam deste princípio.
 

Fica, então, patente que se trata de um movimento suprapartidário em que os corações verdes continuam, em uníssono, a bater e se bater pela cidadania, pela sustentabilidade e pela justiça.

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