Perimetral: vida ou morte sob crivo popular

Uma das mais polêmicas obras de intervenção na mobilidade urbana na área central é a proposta bilionária da derrubada do elevado da Perimetral. Pois bem, agora há uma pequena chance do cidadão poder manifestar, concretamente, sua posição sobre o assunto. Basta os vereadores do Rio quererem.

Foi publicado projeto legislativo que visa convocar plebiscito para que o cidadão indique se quer ou não que a via seja demolida. O projeto parece razoável, uma vez que, conforme declarado por autoridade do Executivo Municipal em audiência pública havida no Ministério Público, a demolição da via Perimetral não tem motivo viário, mas sim estético.  

E, se é estético, há que se perguntar ao povo se o custo desta nova forma para o local é prioritário e, consequentemente, se vale a pena pagarmos bilhões por ela.

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18 Resultados

  1. Não à derrubada ! Um decisão desse porte não deve ser tomada sem que haja um plebiscito.

  2. Sou contra e um via expressa,segura para os motoristas e passageiros. Devemos aumentar as vias e nao reduzi-las. Se o Prefeito usasse essa via para acesso ao Centro, com certeza nao demoliria. Qual a justificativa para demolicao? Estetica para turista? Chega Prefeito a populacao nao suporta mais tanto desrespeito com dinheiro publico.Vamos protestar ! Vamos impedir mas um absurdo desse governo.

  3. O que mais me espanta é a prefeitura, idealizadora e executora do projeto, permitir, sem fundamentada contestação, que o mesmo seja esvaziado pela falta de conhecimento da população, que crê tratar-se a demolição de simples vaidade estética que visa, em última análise, atender aos interesses do mercado imobiliário. A população imagina inocentemente que as crises na educação e na saúde estaduais devem-se a carência de recursos, os quais poderiam advir do montante a ser empregado na demolição. Contudo as crises nesses setores não advêm da escassez de receita, mas do mal emprego que se faz há décadas de recursos crescentes.
    Acredite a população: a “economia” que se pudesse fazer com a não-demolição não revolucionaria a educação e a saúde no município, mesmo porque os recursos investidos nessa empreitada não derivam da arrecadação de impostos municipais, e sim da receita advinda da venda de CEPACs, receita esta que, legalmente, só poderá ser investida em obras de infraestrutura na zona portuária. Contudo, o dinheiro arrecadado com a venda do material proveniente da demolição poderá, este sim, ser investido em outros setores.
    Os especialistas se esquecem, ou não sabem, que, mesmo à época do planejamento da referida via urbana, havia consenso de que um elevado não era a alternativa ideal para a área. Tal solução fora adotada simplesmente por acreditar-se, naquela década, que a tecnologia à disposição não isentaria de riscos estruturais o patrimônio cultural que repousa sobre o Morro de São Bento. A realidade tecnológica hoje é outra, de modo que, nos dias atuais, a demolição da perimetral significa, inversamente, preservar o vasto patrimônio cultural, pouquíssimo conhecido e percorrido, que se estende temporal e espacialmente desde o século XVI, na bateria do forte de S.Tiago, até o século XIX, no Cais da Imperatriz. Nesse sentido, a sombra que a perimetral projeta é sobre a nossa história e a nossa cultura.
    A demolição da perimetral representa ou deveria representar acima de tudo o ideal de uma cidade para cidadãos, e não apenas para motoristas. Cidadãos porque conhecem sua história e sua cultura, exigem e usufruem o transporte público de qualidade para todos e transportes ecossustentáveis que ajudem a preservar sua cidade; cidadãos porque têm seus direitos assegurados, inclusive o direito de percorrer e conhecer os espaços públicos com segurança e qualidade de vida.
    Para defendermos educação e saúde com qualidade, a perfeita manutenção dos equipamentos públicos, as boas condições de transporte, a moralização na política e a justa aplicação do dinheiro público não é necessário sermos contra a demolição da perimetral. De outra forma, correremos o risco de perder um momento histórico favorável em que não apenas carecemos de todos esses direitos pelos quais lutamos, como careceremos de todos os benefícios advindos da reestruturação urbana ao longo da via.
    Continuemos lutando por todas essas causas e, inclusive, para que a projetada reestruturação urbana se dê de maneira transparente e ética, visando o cidadão, e não apenas interesses corporativos.

  4. Se percebermos bem, não há necessidade do túnel. Tudo e todos que circulam em cima cabem perfeitamente nas duas pistas do nível da rua ampliadas, somando com o binário. É uma questão de soma e subtração, e algum estudo dos cruzamentos e entrelaçamentos dos fluxos. Nada que alguns bons técnicos não possam resolver. Agora não há como explicar o mergulhão. Para ficar abandonado como o da Praça XV? Me parece um grande negocio para as grandes empreiteiras.

  5. André da C. Fontes disse:

    A construção da Perimetral na década de 70 foi um mal necessário para otimizar o fluxo de veículos que, na época, super congestionavam as vias centrais da cidade. Bem ou mal foi solução para a cidade, inclusive nos dias de hoje.
    Questiono: que ganho irá ter em derrubar a Perimetral…. Ficar mais claro o ambiente que parece escuro… O que me deixa abismado é que Ninguém falou em derrubar o MONSTRENGO dos armazéns do cais do Porto e de alguns armazéns frontais que não tem valor histórico algum. Daí sim é que se vai ter a claridade que as autoridades tanto reclamam. Não é possível se gastar milhões para derrubar uma estrutura feita de aço+ vanádio, inédito na época, para resistir por mais 100 anos a corrosão, e que tem uma viabilidade importante para a cidade e não criar alternativas como essas, que atendem aos investidores e a toda cidade!

  6. Rodrigo Moreira disse:

    Cara Sonia,

    Concordo plenamente que o assunto é polêmico e merece todo o debate. Nao há dúvidas disso.

    No entanto, entendo apenas que a defesa da manutenção da via sob o argumento do trânsito atende a uma visão anacrônica de desenvolvimento, que é o que pensa a cidade para os carros. Já está mais que provado que a cidade deve ser para as pessoas e o transporte a ser privilegiado é o coletivo e nao o individual.

    Sendo assim, a derrubada, ao revitalizar uma área gigantesca, será um verdadeiro presente para todos os que ali passarem. Os carros poderão ser prejudicados? Sim, talvez. Mas é uma escolha necessária para a cidade. Ademais, há alternativas já contratadas – binério, via expressa, VLT e etc.

    Desta forma, nao há medo do debate. Apenas entendo que deve-se olhar para a questao visando o futuro e não apenas o presente. Não dizem que nos falta visão de logo prazo? Pois bem. Este projeto é para ser pensado da perspectiva da melhoria de décadas e não dos engarrafamentos de hoje.

  7. A retirada da perimetral significa a retomada de um modelo de ocupação e desenvolvimento urbano mais adequado ao Rio de Janeiro, um espaço que hoje tem o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Poderemos, com essa obra, deixar respirar boa parte desse patrimônio que hoje está sufocado por um mastodonte de concreto. A perimetral foi uma boa para os carros e péssima para as pessoas, para a vida da cidade, para a preservação da nossa história urbana e da nossa cultura material.
    Às vezes alguns erros nos custam mesmo muito caro. Além do preço a pagar para derrubar essa coisa horrenda ainda há o preço que toda a Av. Rodrigues Alves vem pagando desde a sua construção. São centenas de imóveis, muitos deles de interessantíssimos, desvalorizados e levados a ruína. JÁ VAI TARDE!!!

  8. Edmundo dos Santos Silva disse:

    Eu sou a favor de derrubar esse monstrengo que é a Av Perimetral

  9. Sonia Rabello disse:

    Viram como a questão é polêmica! Por isso mesmo é que precisa ser mais debatida, compreendida, e decidida com maior participação. É algo que interfere profundamente na cidade, por isso é legítimo que seja mais popularmente decidida. Medo de quê?

  10. Rodrigo Moreira disse:

    Discordo. A derrubada da Perimetral é imperativa para o projeto de revitação nao apenas da Zona Portuária, mas de toda a região Central. Não há salvação para aquele monstrengo bizarro, que relega tudo o que está embaixo dele a uma escuridão que mais parece um gueto.

    Ademais, a derrubada de viadutos como este é tendência no mundo inteiro. Não se trata de megalomania.

    Por último, é necessário ver o projeto como um todo. Ja há uma avenida (a “Binário) sendo construída, além do túnel da via expressa. Além disso, há todo um sistema de transporte sobre trilhos sendo construído para dar conta do fluxo que nao vai mais passar pela Perimetral.

    A derrubada é necessária. Sabotar o projeto é sabotar a cidade.

  11. Sou Arquiteto e Urbanista. Se o projeto é bilionário é por que não envolve apenas a derrubada de um elevado muito mal colocado e construído. Envolve muito mais que umas vias de circulação. As obras de INFRAESTRUTURA que antecederam são muito mais valiosas que as vias propriamente ditas. O esgoto e as águas pluviais, invisíveis aos público, só são notadas ‘esteticamente’ quando as chuvas extrapolam os bueiros… Faz mais de sessenta anos que a região não recebe obras desse porte. NÃO É MAQUIAGEM! Com a extração do elevado de concreto que impede a visão ampla do local, já estão quase prontas as duas vias com mais pistas e maior capacidade de tráfego para a região. E o tráfego não é apenas de veículos. Os pedestres receberão uma Praça Mauá e um Boulevard especialmente projetados. Além dos dois Museus… Resta saber se quando for disponibilizado ao público também farão plebiscito sobre a VACINAÇÃO PÚBLICA.

  12. Bruno disse:

    Longe de mim defender o Paes, mas quem está criticando conhece o projeto como um todo? Tentou se informar antes de vir falar besteira aqui? A Perimetral será substituída por uma via expressa subterrânea (que já está em construção), e a função da Rodrigues Alves será da Via Binário, que está quase pronta. A demolição é necessária para revitalizar a região, uma vez que em qualquer lugar do mundo viadutos tem impacto negativo em toda a região à sua volta (vocês gostariam de viver ou trabalhar de frente para um viaduto, com barulho e poluição em cima e cracudos e trombadinhas embaixo?). Existem “n” motivos para se criticar a gestão atual, mas o projeto em si está de parabéns! Perimetral no chão!!!

  13. rogerio seixas disse:

    O plesbicito é muito válido. Nós temos o direito de saber a eficácia, validade e necessidade de obras como esta, que consumirão muitos recursos, retirados do nosso bolso e além disso, poder opinar quanto a outras alternativas.

  14. Sou pela morte do projeto de derrubá-lo, por considerar que nosso tránsito naquela região com ele já é caótico, imagina com esse projeto delirante de nosso prefeito que parece um megalomaníaco.

  15. não a derrubada

  16. Nome*Juliana disse:

    Plesbicito para salvar a perimetral. Vale lembrar que nao sao só carros que transitam por ali, e enquanto nao houver propostas de transportes coletivos que façam aquele percurso, é insano falar em derrubá-la!

  17. Totalmente contra a demolição, inclusive deixei denuncia no MP. Uma construção viável que atende ao fluxo de veículos há muitos anos e sem manutenção devida, tem até plantinhassssssss! Construida em época q se honrava o q se fazia…Se está “feia’ pode ser vitalizada…se está na frente de “algo” já tem tempo, e para tudo, com inteligencia dá-se um jeito sem DESTRUIR! Perimetral em pé ! sERVINDO COMO SEMPRE SERVIU! qUE SE FAÇA ALGO PARA MELHORAR SEM DESTRUIR!

  18. as obras do governo do estado e da prefeitura,visam só os beneficios proprios,que não beneficiam os cidadoes.

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