“Rebeldes” com causa: as Olimpíadas ainda vêm aí

Há justíssimos protestos contra os gastos absurdos para a Copa na demolição e na reconstrução indiscriminada de estádios. Mas esse dinheiro público já foi usado, pois tudo aconteceu nos últimos três anos, avisadamente, sob as bençãos do entusiasmo popular.

Porém, ainda há muito programado no Rio, a pretexto das Olimpíadas. Podemos agir? Sim, se houver realmente vontade e organização.

Inúmeras são as questões que demandam pela atenção da sociedade. Deixaremos que sigam ?

A privatização do Maracanã ou lutaremos pela sua municipalização (art.74 da LOM)?  A demolição do Célio de Barros e do Júlio Delamare?  A construção do Museu Olímpico ao invés do Centro de Referência Indígena no antigo Museu do Índio? A privatização (ainda não definitivamente decidida) da Marina da Glória?

A destruição da Mata Atlântica em Deodoro? Os gastos bilionários dos parques olímpicos – para posterior demolição – na área do Parque Olímpico da Barra? A cessão de quase 1 milhão de m² de área pública às empreiteiras privadas na península de Jacarepaguá?

O embarreiramento da paisagem cultural do Rio, com prédios de mais de 50 andares no Porto do Rio? A demolição da Perimetral? A cessão de áreas públicas que pertenciam ao Exército, através da Prefeitura, à empresas internacionais, na Ilha do Fundão / Bom Jesus, como aconteceu com a General Electric com o desmatamento de mais de 500 árvores?

As obras bilionárias de transporte viário, sem qualquer plano de transporte aprovado e sem participação da sociedade (BRT, VLT, Metrô, Trans, cabritinhos, entre outros) ?

São bilhões de reais que estão programados ainda para serem gastos, tendo os Jogos Olímpicos como justificativa.

Qual o próximo passo para organizar a sociedade, abrindo debate sobre a cidade que queremos?  Aonde nos associamos para isso e quais os canais?

Confiram o vídeo abaixo que registra alguns casos da ação do poder público no Rio de Janeiro: