Desmonte do Hotel Glória traz transtornos à vizinhança

Um cronograma “furado”, um projeto sem muitos detalhes e muitos “imprevistos”, somados ao barulho ensurdecedor de máquinas durante todo o dia, à poeira contínua e ao desconforto compulsório sem data prevista de finalização, tumultuam o cotidiano dos moradores da Rua do Russel, na Glória. Esta é a realidade do processo de desmonte do Hotel Glória.

Há quase dois anos, a demolição do antigo hotel para a implantação do “Glória Palace”, pela empresa EBX, ainda não tem data prevista de finalização, “e já foi postergada cinco vezes!”, conforme relata uma moradora do local. “Está praticamente inviável trabalhar em casa: o cotidiano ficou muito abalado por dores de cabeça e alergias respiratórias sérias, além da perda de equipamento. A vizinhança ficou deserta e perigosa. Andar na rua é uma aventura”, relata.

Em reunião com este site, alguns moradores afirmaram estar cientes dos possíveis benefícios para a área após a conclusão das obras. Entretanto, questionam a verdadeira “avalanche de pontos negativos” na qualidade de vida na região.

Representantes da empresa responsável se mostram sempre muito solícitos quando questionados. Porém, a falta de informações e atenção aos problemas que se avolumam soma-se à notória ausência de um planejamento sobre o impacto da obra sobre a vizinhança.

Uma vez que a questão se estende por muitos meses, entre as muitas reivindicações dos moradores estão os seguintes programas:

– Apoio às atividades produtivas locais

– Supervisão ambiental de construção

– Gerenciamento dos resíduos sólidos

– Controle de emissões atmosféricas e de poeira

– Controle de ruídos

– Monitoramento da qualidade do ar e do conforto acústico

– Apoio à infraestrutura local

– Monitoramento das interferências que geram substantivo declínio das atividades no trabalho de profissionais autônomos.

Resta saber quando a empresa EBX se pronunciará a respeito dessas diversas demandas e os órgãos competentes agilizarão uma fiscalização na região. Sobretudo porque o projeto inicial da obra em questão, que pode já ter sido descaracterizado, foi beneficiado com milhões de reais do BNDES.

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