Faulkner e o banzo da falta de Marina

Ainda não me conformei, talvez por falta de compreensão, o motivo de não estarmos votando, no próximo domingo, em uma verdadeira possibilidade de mudança no país que, ao meu ver, só seria possível se Marina Silva estivesse concorrendo neste segundo turno eleitoral.

Consolei-me, parcialmente, quando topei agora cedo, com uma frase de Willian Faulker, do romance Luz em Agosto que, com a intuição dos artistas, me diz:

É porque um sujeito tem mais medo do problema que poderá vir a ter do que do problema que já tem.  Ele se agarrará  ao problema a que está acostumado, em vez de arriscar-se a uma mudança”.

Mas, ninguém muda por nós. Só a sociedade poderá mudar-se para melhor: se quiser e se tiver conhecimento, de verdade, quais são as suas opções. Só o conhecimento empodera. Sem ele, é só manipulação.

É por isso que este site pode ter algum sentido e volto a animar-me em continuar. Obrigada a todos que o acompanham.

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2 Resultados

  1. Sonia Rabello disse:

    Caro Francisco: as opções são difíceis. Não julgo as opções de Marina. Ela apanhou tanto, – de ambos os lados – (talvez de um ladao muito mais do que de outro), que pode ser que isso tenha influenciado. Afinal, como eu disse em um texto anterior, era a única candidata que não estava disposta a mentir para ganhar. E, isto para mim, faz a maior diferença. Mas, nem por isso ela deixou de ter, até agora, um comportamento de estadista. E, é isso que estamos precisando, ganhe quem ganhar agora: acho que estamos “sem pai, nem mãe”, estamos orfãos…

  2. Cara Sônia, acho mesmo que se Marina estivesse no segundo turno, a possibilidade de melhora na disputa poderia ser maior. Não sou eleitora dela, mas, por sua historia, certamente, traria qualidade à disputa. De tudo, gostaria apenas de manifestar minha profunda tristeza em ver Marina optando por apoiar o Aécio, mesmo depois dela ter apresentado condições, que não foram aceitas pelo candidato, e que, nem por isso, fizeram com que ela se posicionasse em se manter neutra. Seu posicionamento, lamentavelmente, a coloca na condição de apoiadora de uma candidatura – a meu ver – de atraso, que prega a mudança pela mudança, mas sem deixar claro o que, realmente, de mudança se propõe, a não ser a volta de políticas econômicas com claro teor neolioberais. Enfim, acho que Marina, com seu patrimônio político, poderia crescer se mantivesse uma posição coerente com que ela diz acreditar. Lamentei e cheguei mesmo a acreditar que sua decisão tenha sido influenciada por ressentimento. É isso. Um abraço.

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