O melhor de Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa fez história em sua posse como Presidente do STF.  E, além de seu desempenho exemplar como magistrado, merece destaque o seu discurso de posse.  Ele, como sempre, foi direto, firme, simples, no ponto.

Destaco algumas de suas palavras: ” a Justiça deve ser humana e histórica”, ou seja, ela deve falar e servir ao povo, onde ela pretende prestar o seu serviço público.  “Não há Justiça sem leis, e sem cultura” – ou seja, é importante que haja boas leis, para que a Justiça possa ser feita.  

E mais, além de boas leis (atenção Câmara de Vereadores…), é preciso que haja cultura jurídica, não só dos magistrados, juristas e advogados, mas também de todos os cidadãos.

Disse também: “é necessário incrementar o índice de convívio social, e que a Justiça promova uma maior igualdade social de direitos.  Direito de ser igualmente tratado nos serviços judiciários.  Há um déficit de igualdade de tratamento dos cidadãos perante a Justiça“.  

É verdade, e por isso todos os cidadãos devem se dar o direito de discutir como a prestação jurisdicional está sendo prestada, e como ela pode melhorar.  Será que sabemos o que está sendo proposto no novo Código de Processo Civil, que irá tratar deste assunto?  Repito: os “leigos” em direito devem e podem palpitar, pois trata-se de organizar como o processo judiciário da prestação jurisdicional vai acontecer.

Finalmente J.Barbosa tratou da necessidade do Juiz ser “protegido” das influências na sua carreira, para poder ser isento.  Perfeito.  Mas, aproveitaria esta “deixa” do Ministro para lembrar que disto todos os servidores públicos – funcionários de carreira – precisam, para poder tratar com isenção, o interesse público.  O Juiz é um importante funcionário público, mas apenas mais um deles também!

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3 Resultados

  1. Parabéns ao novo Presidente do STF, Excelentíssimo Doutor Joaquim Benedito Barbosa Gomes, principalmente por ser um raro e íntegro homem público, capaz de se referir ao povo brasileiro em seu discurso de posse.
    Se a justiça fizer valer a nossa Carta Magna de 1988, principalmente o primeiro artigo, mesmo com as confusões que ela contém, por ser presidencialista e parlamentarista ao mesmo tempo, já será um bom começo.
    Mas, se conseguir influenciar ao Congresso Nacional e ao Poder Executivo, para que esses passem a considerar o povo brasileiro como integrante de seus interesses, teremos inaugurado a era da política de inclusão e terminado com o reinado de um PoliTbüro, bem aos moldes stalinistas e responsável pelo holocausto de uma geração, bem aos moldes do nazismo, só que em maiores proporções, pois esta foi deliberadamente mantida na escravidão da ignorância, como instrumento do vergonhoso escambo do clientelismo pelo voto útil, além de ser enganada pelos que falavam o que todos gostariam de ouvir, mas fizeram o que ninguém gostaria de ouvir falar.

  2. Bons ventos em meio a tanta tempestade. Precisamos de liderancas como voce, Sonia, e o Joaquim Barbosa para guiarmos as reformas necessarias a um Brasil mais digno e justo.

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