Parque do Flamengo MUTILADO. Patrimônio da Humanidade violado!

As fotos abaixo, enviadas pelo defensor do Parque e leitor A.G., mostram, com clareza, a mutilação no Parque do Flamengo, na área da Marina da Glória, ilegalmente autorizada pelo IPHAN.

Resta o seu embargo imediato, seja pela Presidência do IPHAN, que assinou a autorização, retratando-se; seja pelo Conselho Consultivo do órgão, que não foi ouvido para esta intervenção e que não pode se omitir diante de tal gravidade; seja pelo Ministério Público Federal, que já foi repetidamente notificado de tal fato, na pessoa do Procurador Leonardo Cardoso; seja a Unesco, que deve zelar pelos bens inscritos como Patrimônio Mundial/Paisagem Cultural.  

Não inserimos aqui a Prefeitura do Rio por não acreditarmos mais nela. Confira os registros.

 

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11 Resultados

  1. Fora do tom, o novo projeto para a Marina da Glória abriga um programa de recepção a eventos de grande porte, reorganizando espaço em um parque urbano através de práticas que desconsideram o cidadão carioca.

    É estranho pensar um novo projeto para a Marina da Glória, empreendimento da ordem de R$60 milhões, às margens da entrada da baia de Guanabara, sem uma sintonia com os usuários da Marina, com os clubes de remo do vizinho Calabouço, com atletas, velejadores, usuários do Parque do Flamengo, com a vizinhança dos bairros do Centro, Glória, Flamengo, Botafogo e Urca!

    Mais estranho ainda é pensar que o projeto nunca foi apresentado em detalhes à população carioca e seu programa nunca discutido e nem sequer explicado como, uma vez aprovado, pressupunha a derrubada de 298 árvores — demanda atendida, sem constrangimento “pelos órgãos competentes” desconsiderando o parque tombado e a área como não edificante.

    Menciono o estacionamento para 510 carros e a área descoberta destinada a esplanada de eventos como incompatíveis com a vocação e o decreto de fundação do Parque que o define como área de lazer e recreação para a população. A Prefeitura do Rio fecha há longos anos as pistas do Parque para carros aos domingos e feriados. Mas, assegura a circulação provável de 1500 veículos em dia na mesma área, com as 500 vagas, no prédio principal do novo projeto.

    O projeto menciona uma esplanada descoberta para eventos [área 7]. Na realidade, há anos registramos 365 dias de montagem e desmontagem de estruturas e tendas de grande porte para eventos distintos. A área em questão é permanentemente edificada e coberta. A arquitetura provisória é um subterfúgio e dela resulta um fluxo contínuo de veículos para equipamento de grande porte e carga pesada. Comércio e indústria do entretenimento ocupam uma área significativa no terreno da Marina. Para não apenas mencionar o impacto dessa atividade no solo e fauna, registro o som que extrapola os limites físicos da área e permeia de quinta a domingo, das 22:00h às 5:00h os prédios na orla do Centro, Glória, Flamengo, Botafogo e Urca.

    O projeto para a Marina da Glória não pode ser observado apenas no perímetro restrito de sua área ou na construção de 12.261m². As interferências e impactos vão além de seus próprios limites físicos e atingem os clubes de remo do vizinho Calabouço, usuários do Parque do Flamengo, os bairros às margens da entrada da baia, o espelho d’água, a fauna, a flora e o sossego de todo cidadão. Tudo legalmente assegurado pelo poder público, permitido por quem e em nome de quem, não sabemos!

    A paisagem que é Patrimônio da Humanidade está associada a uma área de recreação e laser para todos. Estamos fazendo opções excludentes e desconsiderando o impacto da proposta na vizinhança.

    Qual é a nossa posição como país frente à conservação da natureza? Impossível desconsiderar aimportância de um trabalho de atualização e melhoria contínua da Marina e do Parque, de seus equipamentos e paisagismo. Um processo, em construção.

    Políticas públicas federais, estaduais e municipais não podem em consonância com a expansão urbana, transformar o estado em negócio parceiro de empreendimento que submete um sítio não edificável às leis de áreas edificantes. Não pode haver este nível de flexibilidade e fragilização da legislação.

    Por que o arquiteto Eduardo Mondolfo, o escritório e o sítio Burle Marx, não apresentam à população carioca os detalhes do projeto? Temos motivos para acreditar que fazem um trabalho sério, mas perguntamos – porquê o silêncio? É importante desmontar o conflito. A área em questão é protegida [patrimônio tombado] e o município tem um plano diretor – muito além do envolvimento nos processos econômicos esperamos de todos, incluso da BR Marina, uma posição de referência para a questão ambiental na baia de Guanabara!

  2. De acordo com tudo.

    Passo em frente, de bicicleta, pra vir pro trabalho, e me sinto toda vez violentada ao me aproximar dessa obra. As máquinas a todo vapor, numa obra injetada de muito dinheiro, vê-se, pelo seu andar.

    Fazem bem não citarem a Prefeitura do Rio, também não acredito nela.

    Se o Iphan não se manifesta, a Prefeitura inexiste pois não se coloca nem fiscaliza, o que o cidadão pode fazer? Barulho no local? Para os maledicentes dizerem que é uma ‘festa’?

    Será que o Ministério Público, e a Unesco silenciarão pra sempre, a este respeito?

    Se não pagarmos o IPTU, seremos taxados de irresponsáveis, até bandidos!!! E o outro lado, o ‘poder’, tem poder de que, pra que?

    É desolador, pois estamos sozinhos.

  3. Sr jean Carlos, poderia me esclarecer a quem pertence a Marina da Glória? Desculpe minha ignorância mas sempre achei que as áreas eram públicas, tombadas e que deveriam ser preservadas para o uso de todos , não só de poucos que acham que são donos ( como no caso da lava jato) de tudo , numa conjunção carnal entre público e privado onde infelizmente o público é o indivíduo estuprado. Gostaria de um esclarecimento técnico e legal senão suas palavras são mero exercício de uma profunda falta de cidadania e respeito ao meio ambiente…

  4. É um absurdo que “Qualquer um eleito” pelo voto esqueça as funções para exercício das quais foi eleito e se transforme num redivivo Luiz XIV, preconizando “Depois de mim o dilúvio”!
    Vereadores, prefeitos, governadores, presidentes e todos os demais membros dos distintos poderes legislativos e judiciários não têm primordialmente de preservar os bens públicos e os cidadãos?
    A que esbórnea chegou este país, a ponto de se estabelecer a política de “extermínio” de tudo que foi construído pelas gerações passadas?
    E o risco maior já está previsto por Émile Durkheim: Quando a camada dirigente de uma sociedade desrespeita todas as regras de convivência, que garantem o equilíbrio social, o tecido social se esgarça, se destrói e se instaura o caos, que leva a sociedade à destruição”. Diante de tanto desrespeito perpretado pelas “Autoridades despóticas – com o poder divino outorgado, segundo eles pelo voto”, não há surpresa quando qualquer sujeito armado se sinta como Deus, porque seus governantes lhe mostram que “Quem tem qualquer poder não respeita Lei, regra de comportamento, direito público ou individual”
    Era fácil acusar Lacerda de “mata mendigo”. E agora, quem mata a cidade do Rio deve ser alcunhado de que?

  5. Não concordo não Dna. Sônia, essa área sempre pertenceu à Marina da Glória como uso de estacionamento de embarcações, vagas secas, e, vejo com bons olhos sua reforma, o Parque do Flamengo não foi afetado em nada! Dá um tempo! É mentira demais! CHEGAAAAA!

  6. A mutilação do Parque do Flamengo, Patrimônio da Humanidade, e o impiedoso corte de 300 árvores sem qualquer justificativa plausível, são marcas registradas de um governo que não tem apreço algum pelos princípios democráticos de direito e que trata a cidade como patrimônio pessoal de seus agentes. O povo do Rio de Janeiro está aprendendo “na marra” a se mobilizar e se organizar para enfrentar o Poder Público, o qual cada vez mais tem se apresentado como INIMIGO N.º 1 do interesse público e do meio ambiente!

  7. Sonia,

    Que Lástima!!! É inacreditável o que fazem com nossa cidade…
    Não seria o caso de se enviar as fotos ao responsável pelo assunto na UNESCO?
    Abraço,
    Ana

  8. Nome* Vivian disse:

    E o imenso Outdoor que está de cara para o Aterro / Augusto Severo , o Aterro não é Tombado ? isso pode ?

  9. Afinal o que vai ser construído no local. Abs.

  10. Nome*GERALDO disse:

    A UNESCO ESTÁ METIDA NISSO TAMBÉM? É ADMIRÁVEL A SUA CAPACIDADE DE REPRESENTAR O PAPEL DE MARIA VAI CO’AS OUTRAS NO QUE CONCERNE AQUILO A QUE SE UFANA E TROMBETEIA: O PATRIMÔNIO MUNDIAL, EM PARTICULAR O QUE NOS DIZ RESPEITO E QUE ESTA ORGANIZAÇÃO TEIMA EM DESRESPEITAR. OS EXEMPLOS AQUI NO RIO SÃO MUITOS E TODOS SABEM QUAIS SÃO: IGNORAREM A PRAÇA NOSSA SENHORA DA PAZ COMO ÁREA ADENDA À LAGOA RODRIGO DE FREITAS QUE SUPÕEM QUERER PROTEGER, TEREM IGNORADO A ILHA ANEXA AO FUNDÃO CUJA FLORA FOI DESTRUÍDA PRA DAR LUGAR A UM DITO INSTITUTO TÉCNICO DE PESQUISAS, E POR AÍ VÃO EM SUA INCAPACIDADE DE SE AUTO ANALISAR, DE SE VERIFICAREM PARTE DO RESTOLHO DO CAPITALISMO QUE ACREDITAM QUERER DESPREZAR E MENOSPREZAR. NADA MAIS QUE UM BANDO DE HIPÓCRITAS FANTASIADOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL.

  11. Nome*Edith disse:

    Desmancharam tudo para que?
    Edith

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