IASERJ: a luta pela sobrevivência continua

Na última segunda-feira, oficiei ao Ministério Público Estadual e Federal (Confira 1 e 2) sobre os acontecimentos durante à remoção dos pacientes.

Ainda encaminhei uma petição ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e à Juíza Simone Lopes (Confira 1 e 2), responsável pela reconsideração da liminar que garantia o funcionamento do hospital.

Nos documentos, solicitei providências, com pedido de suspensão dos atentados à saúde pública, e às determinações judiciais descumpridas.

Apesar da decisão judicial que autorizou a transferência dos pacientes internados do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado (Iaserj), o ambulatório continua funcionando, mesmo sem recursos.

A continuidade dos atendimentos faz parte de um acordo entre o Ministério Público e o Governo Estadual que, segundo denúncias de funcionários, foi descumprido.

“Chegamos hoje pela manhã e as portas do ambulatório estavam presas com correntes que foram retiradas pelos funcionários para que atendessemos à população”, afirmou um servidor que não quis se identificar.

Outra queixa dos servidores, que acabou com um boletim de ocorrência na delegacia, foi a tentativa de arrombamento das portas do setor de hepatite para a retirada de equipamentos.

O setor está agora lacrado aguardando a chegada do perito para prosseguir com a denúncia.

Falta de estrutura

A ambulância designada pelo Governo do Estado para prestar socorro imediato aos pacientes do hospital não tinha medicamentos para atender uma pensionista de 77 anos que passava mal no ambulatório do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, e que também funciona na estrutura física do Iaserj.

Após protestos dos servidores uma nova ambulância do Samu foi solicitada, mas, até o fechamento da manhã desta quarta-feira, ainda não havia chegado ao hospital.

O último paciente internado na CTI do Iaserj, que não foi removido devido ao grave estado de saúde, faleceu na manhã desta quarta-feira.

Entretanto, o acordo do MP com o Governo prevê a manutenção de um leito de CTI enquanto as atividades no hospital não forem completamente desativada.

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