R$ 225 milhões para o Estádio Aquático Olímpico, temporário!

E o Hemorio, heim?

Neste exato momento em que o Hemorio – Central de recolhimento de sangue do Estado do Rio – fecha, praticamente, as suas portas por falta de pagamento do pessoal de apoio, terceirizado, o governador interino, o prefeito da Cidade e a presidente da República inauguram o Estádio Aquático Olímpico, ao custo de R$ 225 milhões, dos cofres públicos, com recursos do Ministério dos Esportes!  

E este Estádio será demolido (!), pois é temporário, já que está situado em terras públicas transferidas para pagamento dos “serviços olímpicos” prestados pelo Consórcio Rio Mais (formado pelas empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken), conforme contrato de “parceria” assinado em 2012 pela Prefeitura do Rio.

A promessa de que os restos da demolição serão transferidos para  outros “dois ou três ginásios para as vilas olímpicas, em locais carentes” não se sustenta, pois não há nem contratos e nem recursos disponibilizados para isso.  E tudo em pleno estado falimentar do Estado do Rio de Janeiro, da União, e quem sabe da Cidade, que terá que pagar, já nos próximos anos, mais de R$ 3 bilhões de empréstimos já solicitados e usados!  

Aliás, nem as vilas olímpicas já construídas nas áreas carentes estão sendo mantidas.  E a piscina olímpica do tradicional Parque Aquático Julio Delamare, no Maracanãzinho, continua jogada às traças!  Por que então seguir tentando enganar o povo?  Será que ainda “cola”?

A inauguração é um momento triste, apesar das Olimpíadas, das opções da gestão administrativa da Prefeitura. Gastar R$ 225 milhões em um Centro Aquático na Barra, para ser demolido?! Por que não foi construído no Parque de Deodoro, para a população carente de lá, para ser mantido?  

Elementar, meu caro Watson, diria um Sherlock Homes, querendo investigar…

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